Cancioneiro alegre dos poetas portugueses e brazileiros
Liv. Internacional, Porto, 1879, encadernação coeva e modesta, sem capas de brochura, XIX/550 pgs.
Exemplar que apresenta rabiscos a esferógráfica nas páginas 91 e 187 e pequena falha na página da dedicatória
Começando Camilo por dedicar o livro “ao bom senso da Rua das Flores e da Rua dos Capelistas”, debruça-se, em seguida, sobre inúmeros autores portugueses e brasileiros, com notável parcialidade (cfr. Cabral, Alexandre, “Dicionário de Camilo Castelo Branco): “benignidade para com os poetas conservadores (seguidores dos processos tradicionais) e azedume corrosivo para com aqueles que seguiam a doutrinação da Ideia Nova.”
A publicação deste livro, causou grande controvérsia, na época, sobretudo alimentada pelos escritores mais jovens que se insurgiam contra este papel assumido pelo “velho caturra” de “guardião do espírito sagrado das literaturas oficiais”.